terça-feira, 3 de agosto de 2010

ROTA BOLIVIA/CHILE

DIA 20/07/10 - Logo na saída de Uyuni pego a estrada errada, percebi logo e retornei à bifurcação onde havia a placa para San Cristoban, acho que era a emoção de estar sozinho num lugar desconhecido sem referencia de onde ir. Nos primeiros quilometros observei que o marcador de temperatura da moto começou a piscar, marcando 2,5º e com o símbolo de gelo, pessei que tinha pifado, pois não estava tão frio. Hahahahaha, foi só o prazo do frio entrar pela roupa que o bicho pegou, a temperatura foi abaixando e começou a negativar até -4,0º, ai o goiano aqui viu o que é frio. Na primeira ponte da estrada o rio parecia uma pista de patinação, até a poeira que a moto levantava parecia congelar. 100km a frente "San Cristoban", lugar de abastecer e pergutar sobre a estrada. Neca de gasolina, um frentista com a boca verdinha de mascar "coca" que não entendia nada que eu perguntava e respondia tudo que eu não entendia, vamos em frente, "quem tá no frio é pra congelar". Toda a tensão foi logo quebrada pela beleza da estrada, que devido a exploração de minério, por uma empresa Chilena, o piso estava em boas condições privilegiando a apreciação da paisagem que é simplismente maravilhosa, com "lagunas", "salares" e vulcões enormes coberto de neve, coisa de cinema. 200km a mais é estou na fronteira de Bolívia e Chile, procuro a Aduana e a imigração Boliviana e só encontro uma casa junto de uma longarina, onde não havia ninguem, só muita poeira, olho para outro lado e vejo uma estação ferroviaria que também parecia estar abandonada, me dirijo á pé e chegando lá encontro o polícia aduaneira e a polícia da imigração, aquela ficou tão emocianada com a presença da moto que "tomou" meu boné da BMW, em troca do seu da ADUANA. Feito os tramites me dirijo ao lado Chileno, que não muito diferente do Boliviano, procede a tramitação da papelada. 16:00hs, sem almoço, sujo, com frio, mas feliz, faltava ainda 100km para chegar em CALAMA-CI, cidade grande com infraestrutura(hotel com restaurante, calefação, energia, internet, lavanderia) tudo que eu precisava, só que antes precisava me alimentar e cambiar os "bolivianos" que tinha por "pesos" Chilenos. OLLANGUE, é o nome da micro-cidade Chilena, na divisa do País, onde não há casa de cambio, hotel, restaurante, nda. Me indicaram um "parador", onde perguntei se havia algo para comer, e a mulher de imediato mandou-me sentar e logo me serviu "pan", muito "pan" e um prato de sopa(a mais feia que já comi, com pedaços de milho com sabugo, e uma coxa de uma ave, que não dava pra identificar)deliciosamente gostosa e quente. Barriga cheia, pé na areia, ou melhor roda na areia, só alegria até CALAMA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário